O início desta semana marcou a chegada de uma nova frente fria a São Paulo. A bolsa brasileira, cuja sede fica na capital paulista, sentiu a queda da temperatura. Com o mercado norte-americano fechado por conta do feriado do Memorial Day, o clima no Ibovespa foi dominado pelo noticiário nacional. (Foto ilustração)
Assim como o solzinho que apareceu durante a manhã na cidade, a segunda-feira (30) até começou positiva para o índice. O retorno das atividades econômicas em várias regiões da China trouxe otimismo para a renda variável.
Mas uma ventania provocada pela Petrobras (PETR4) trouxe nuvens escuras que eclipsaram as boas notícias.
Outra vez descolada das cotações do petróleo, a estatal recuou devido aos ruídos causados pela nova troca de comando e rumores de uma possível mudança na política de preços dos combustíveis.
A petroleira também está no olho de outro furacão: a discussão do ICMS sobre os combustíveis.
Com a aprovação de um projeto que limita as alíquotas do imposto na Câmara, o mercado aguarda para ver se a proposta de criação de uma conta de equalização — a ser abastecida com dividendos pagos pela Petrobras — vai para frente no Senado.
Pesaram ainda sobre o principal índice acionário brasileiro as últimas novidades de uma tempestade que só deve cair em outubro, mas já preocupa há meses: a corrida eleitoral.
Dias depois de o Datafolha ter indicado uma possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já em primeiro turno, hoje foi a vez de o Instituto FSB mostrar a mesma tendência na mais recente edição de uma série de sondagens encomendada pelo banco BTG Pactual.
A pesquisa de intenção de voto no primeiro turno mostrou o petista com 46% da preferência. O presidente Jair Bolsonaro (PL) segue com 32%.
Em meio a esse contexto — que foi fortalecido pela baixa liquidez provocada pelo fechamento das bolsas de NY — o Ibovespa encerrou o primeiro pregão da semana em queda de 0,81%, aos 111.032 pontos. (Larissa Vitória)
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