O governo federal deu 24 horas para que a produtora T4F (Time for Fun), responsável pelos shows da cantora Taylor Swift no Brasil, preste informações sobre a morte da fã Ana Clara Benevides (foto ilustração), de 23 anos, na apresentação da americana na última sexta-feira (17), no Engenhão, no Rio de Janeiro. A causa do óbito foi uma parada cardiorrespiratória. A sensação térmica no local atingiu a marca de 60ºC.
O documento partiu da Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pasta conseguiu notificar a empresa responsável pelos shows na tarde de sábado (18). Após a resposta da produtora, o governo vai decidir se abre ou não ou procedimento sobre o caso.
Entre os questionamentos enviados pela secretaria à produtora de shows estão quantos ingressos foram vendidos, o número de pessoas presentes, quem determinou a proibição de acesso de água ao espetáculo, se havia bebedouro no local, qual era o quadro técnico de médicos disponíveis para atendimentos no show, quais procedimentos foram adotados para tratar do quadro de Ana Clara e quais providências serão tomadas para fornecer água nas próximas apresentações.
A jovem desmaiou pouco antes de a cantora americana entrar no palco e chegou a receber os primeiros atendimentos no local. Depois, foi enviada para o Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiu. A Polícia Civil abriu uma investigação para apurar a morte de Ana Clara. A informação foi confirmada pelo governador Cláudio Castro nas redes sociais, no sábado (18).
Depois da morte de Ana Clara e de outra fã passar mal, a cantora americana adiou a apresentação que faria no Rio de Janeiro no sábado (18). O prefeito da cidade, Eduardo Paes, disse que a apresentação foi remarcada para esta segunda-feira (20). "Estou escrevendo isso do meu camarim no estádio. A decisão tomada foi de adiar o show desta noite por conta das condições extremas da temperatura no Rio. A segurança e o bem-estar dos meus fãs, colegas de banda e equipe precisam vir sempre em primeiro lugar", disse Taylor. (Plínio Aguiar)
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