A Polícia Federal tomou nesta quarta-feira (29) o depoimento da ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) sobre seu contato com o hacker Walter Delgatti Neto , responsável pelas invasões do aplicativo Telegram dos celulares do ex-juiz Sergio Moro e de integrantes da Lava-Jato. A ex-parlamentar também entregou ontem seu celular à PF, para que seja submetido à perícia com o objetivo de confirmar o teor dos diálogos. Ela negou irregularidades no contato com Delgatti Neto.
O depoimento de Manuela era uma das últimas diligências necessárias para fechar a primeira parte do inquérito da PF na Operação Spoofing. O hacker já havia admitido aos investigadores que foi o responsável por enviar o material dos celulares da Lava-Jato ao jornalista Glenn Greenwald, do site "The Intercept", responsável pelas publicações de reportagens com base em conversas entre integrantes da Lava-Jato.
Manuela foi ouvida pela PF na condição de testemunha. Não há suspeitas da prática de crimes por parte dela.
Quando a operação estourou, Manuela estava no exterior e avisou à PF que prestaria os esclarecimentos quando voltasse ao Brasil . Manuela esteve ontem na PF para ser ouvida no caso.
No relato à PF, a ex-deputada afirmou que o hacker a procurou contando ter copiado conteúdo de celulares de integrantes da Lava-Jato. Manuela disse que se limitou a intermediar o contato dele com o jornalista Glenn Greenwald, do site "The Intercept". (O Globo)
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